Prólogo

Aquilo não era um humano, simplesmente era a coisa mais feia e estranha e que vi na minha vida. Continuei a segurar minha respiração e tentar me encaixar mais naquele buraco entre a cama e o chão frio e duro rezando para ele não me encontrar, porque se me encontrasse eu estaria perdida. Ele era alto e muito magro, seu crânio era um pouco maior para ser daquele corpo, mas sua cabeça carregava olhos grandes e escuros como á noite, sua coloração era de um brilho reluzente como a alma que havia no corpo daquelas pobres pessoas, seu coração era possível de ver e mais parecia um buraco negro sugando tudo o que vê. Ele era frio e muito temível com sua aparência, quando ele se virou para mim um gemido saiu de minha boca e ele me encontrou. Eu gelei ao ver ele se retesar com seus olhos fixos em mim, naquela imensidão eu vi meus olhos, minha face, meu corpo e o meu próprio medo e minha vida toda passou rapidamente diante daqueles dois espelhos negros de puro ódio.