Amor á primeira vista
Acordei com um terrível dor de cabeça, as lágrimas desceram novamente só que mais pesadas que antes, sentia um peso enorme em meus ombros, eu estava horrível. Tomei um banho demorado, a água quente me fazia sempre bem, mas naquele momento não estava me ajudando em nada, que droga.
Coloquei uma blusa azul bebe e uma calça legue preta, não estava nem um pouco com vontade de sair do quarto, não queria ver ninguém. Joguei-me na cama e novamente as lágrimas desceram, eu não estava aguentando mais. Fique daquele jeito o dia inteiro, trancada no quarto.
No dia seguinte acordei do mesmo jeito, minha mãe havia entrado no quarto trazendo uma bandeja com meu café da manhã, mas recusei, odiava comida, era horrível. Ela saiu do quarto com um suspiro, sabia que minha família odiava me ver triste, mas eu estava sofrendo mais. De tarde senti o cheiro de Jacob na casa, minha garganta deu um nó e a raiva me subiu, o escutei murmurando alguma coisa para meus pais e o meu pai quase arrancando a cabeça dele. Ele começou a subir as escadas e bateu na porta do meu quarto.
― Vá embora. ― Sussurrei.
― Ah Nessie. Que isso, me desculpa. ― Não respondi mais nada, ele tentou abrir a porta, mas estava trancada eu não queria olhar na cara dele nem se ele se pintasse de ouro. Mas uma vez fiquei o dia todo trancada naquele quarto e dormi péssima outra vez, de alguma maneira me sentia culpada, mas não tinha motivos para aquilo.
Sonhei que estava na floresta caçando, eu estava mesmo com sede, consegui dois cervos e logo fiquei satisfeita, olhei para frente e encontrei um vampiro, um vampiro encapuzado, não consegui ver seu rosto, mas ele começou a se aproximar de mim, corri desesperada gritando. Não adiantou nada, senti suas mãos frias segurarem minha cintura e me travar, eu estava presa naqueles braços feitos de mármore, gritei mais, mas ninguém ouvia, será possível? Acordei com um grito abafado, rezando para ninguém ter me escutado. Senti minha garganta, estava queimando e doendo muito.
Pulei da minha janela e deixei bem claro para o meu pai que iria caçar, eu queria ficar sozinha. Corri floresta dentro procurando algo para aliviar a minha sede, senti um aroma bom, animal carnívoro, que bom.
Corri em direção ao cheiro e encontrei um puma, consegui derrubá-lo no primeiro ataque, cravei meus dentes em seu pescoço e suguei o sangue delicioso e quente, logo já estava satisfeita. Levantei-me, arrumei minha roupa que estava um pouco suja e comecei a caminhar para casa, mas algo me fez parar, um cheiro adocicado e muito bom, algo gritava “perigo” na minha cabeça, mas ao mesmo tempo me obrigava a segui-lo. O cheiro estava ficando perto demais e irresistível, consegui escutar seus passos vindo atrás de mim, eu queria correr para casa, mas meus pés estavam pregados no chão.
Olhei para trás e encontrei os olhos dele, eu suspirei com o vermelho fogo que eles continham, era um vampiro encapuzado, igual a do meu sonho, na minha cabeça eu queria correr, ele ia me matar, mas meu corpo não obedecia. Ele sorriu para mim e o meu mundo inteiro girou, corei e retribui o sorriso, eu estava ficando louca.
Naquele momento meu coração parou de doer e eu tinha esquecido toda a minha tristeza. Ele tirou o capuz preto e vi seu rosto por inteiro, ele era lindo, parecia um anjo, corei mais e ele sorriu.
―Olá! ― Ele disso com um sorriso, meu coração quase explodiu, a voz dele era linda.
― O... Oi ― Disse sem jeito, eu estava parecendo um pimentão.
―Renesmee não é? ― Ele sabia o meu nome? Olhei novamente as roupas dele, ai meu deus, ele era um Volturi! Minha família ia dar a luz de soubesse que um deles estava tão perto de mim. Assenti depois da segunda vez que ele perguntou, eu estava muito nervosa, ele ia me matar ou não?
― Alec Volturi, é um prazer conhecer alguém tão linda como você! ― Ele queria-me ver mais vermelha? Que ótimo, por que tinha conseguido, ele se aproximou mais e fechou os olhos. ― Seu cheiro e incrível!
Ele se aproximou mais e nossos lábios se tocaram, aquilo era tão bom, meu primeiro beijo com o anjo mais lindo do universo. Não sei quando tempo durou, mas fiquei sem ar e ele deixou meus lábios e enterrou seu rosto no meu pescoço.
― Se possível, volte aqui hoje á noite, quero te conhecer melhor. ― Não consegui responder, apenas assenti, com certeza voltaria, queria ver seu rosto angelical mais uma vez.
Ele desapareceu de repente, mas eu continuei ali parada feito uma boba, eu estava travada com meu coração a mil. Andei lentamente para casa, queria que o tempo passasse rápido para voltar para lá, demorei só alguns minutos para voltar para casa, ia entrar pela porta da frente, mas lembrei que estava com o cheiro de Alec e com certeza minha família ia fazer um interrogatório daqueles. Subi no meu quarto e tomei um banho tentando tirar o perfume dele. Coloquei uma roupa simples e desci, me sentia um pouco melhor agora, todos estavam na cozinha, só Jake estava na sala, quando me viu ele levantou rapidamente e se aproximou de mim.
― Eu sinto muito, me desculpa, não queria te deixar daquele jeito e... ― Ele parou e olhou para mim. ― Com quem você esteve? ― travei na hora, eu devia ainda estar com o cheiro dele.
―Não te interessa. ― Respondi, ele olhou para mim surpreso e curioso.
― Estava com um vampiro?
― Não te interessa e não quero ouvir desculpas, não importa o que você fale, não vou desculpar você! ― Ele abaixou a cabeça e eu subi para meu quarto novamente, se eu ainda estava com o cheiro do Alec, não poderia descer, mas meu pai com certeza leria a mente de Jacob. Joguei-me na cama, o céu estava escurecendo e infelizmente escutei os passos do meu pai subindo até meu quarto, que droga!
― Querida, todos nós vamos caçar, pode ficar em casa por um minuto.
―Claro pai! Cadê o Jacob?
― Foi embora e não falou nada, tem sorte de estar vivo. ― Ele exclamou com raiva e se foi. Agradeci sozinha por ele não ter sentido o cheiro. Depois de alguns minutos a casa estava vazia e silenciosa, comecei a me aprontar para sair quando ouvi alguma alguém subir na minha janela e o meu coração parou na garganta.
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