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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

30. Casamento

 A luz me acordou... Eu não havia dormido nada naquela noite.
Meu sonho me assustara.
O dono dos olhos vermelhos estava correndo atrás de mim, ele me queria... Seus olhos tinham um brilho perverso e possesso. Não eram como os olhos de Alec, que – pelo menos quando estava comigo – demonstravam o amor e a proteção.
Estremeci e me descobri.
Fiquei mais alguns minutos em minha cama e depois me levantei.
Hoje era o dia... O dia de me casar.
Meu estômago estava embrulhado com a ansiedade e o nervosismo.
Fui até o banheiro e tomei um banho.
Assim que o acabei e escovei meus dentes e meu cabelo, desci.
A casa estava vazia. Todos deveriam estar cuidando do meu casamento. Que seria na casa principal, como o de mamãe.
E, como o de mamãe eu não poderia ver a decoração!
Sinceramente não entendia minha tia.
Outro assunto era minha noite de núpcias.
Eu tentava não pensar muito na noite que teria noite de hoje.
Pelo menos sabia onde seria minha... Hã... Lua-de-mel...
Ela seria em...
— Nessie! Ainda de pijama! – minha tia Alice me assustou.
Fiquei em silêncio enquanto ela me rebocava para fora de casa de pijama mesmo.
Entramos pela garagem da casa principal e subimos para seu quarto (quando passamos pela sala ela cobriu meus olhos com as mãos, embora pudesse sentir muitos aromas florais fundidos em um delicioso perfume).
O banheiro estava cheio de produtos e maquiagens, tudo para polir cada centímetro do meu rosto.
Sentei em uma cadeira rosa e me recostei.
Eu tinha que me acalmar e tentar esquecer o horrível sonho que tivera e que eu iria me casar daqui a poucas horas.
Eu casada... Com Jacob... Constituindo uma família... Tendo filhos...
Eu queria filhos, sempre quisera, mas não podia me imaginar criando um.
Concentrei-me em cada toque de Alice em minha face para tentar dispersar tudo de minha mente... Suas mãos eram rápidas e eficientes.
Ela passou horas polindo meu rosto, depois passou para o cabelo.
Alice o prendeu em um coque alto e pôs as duas travessas pesadas de prata com safiras que fora de mamãe no dia de seu casamento.
Isso era uma coisa que eu não podia imaginar muito bem: mamãe com seu vestido de noiva, o rosto super corado e super nervosa, deixando-a ainda mais desastrada.
Para mim Bella Cullen era super arrumada e graciosa.
— Vou buscar seu vestido. – falou Alice, me distraindo de meus devaneios, e saiu porta a fora.
Respirei lentamente até que ouvi passos na escada.
Era mamãe... Podia saber pelo cheiro docemente floral.
— Oi mãe. – falei a meia voz.
— Oi docinho. – ela sorriu.
Ela veio até mim deu um abraço rápido e gelado.
— Ah... Minha filhinha cresceu tão depressa! Já vai se casar! – ela continuava sorrindo.
Nessa hora entra Alice com meu vestido. Rose estava atrás dela com o rosto emocionado.
Minha tia abriu o saco em que o vestido estava guardado e o retirou.
O cetim perolado brilhou contra a luz da lâmpada e depois estava deslizando pelo meu corpo.
Minhas tias e minha mãe sorriram.
Tia Rose foi pegar um espelho de corpo inteiro para me ver com o vestido, com o cabelo e com a maquiagem.
Esperei ansiosamente.
Ela entrou com um espelho bem maior que ela e com um sorriso radiante no rosto.
Rosalie o virou para mim e eu vi o reflexo.
Não podia acreditar que aquela era eu... Não... Com certeza não era.
Eu estava totalmente perfeita.
Minha pele tinha um tom marfim e os lábios e as bochechas eram coradas.
Meu cabelo estava sem um fio fora do lugar e dava um contraste com o vestido.
Só faltava mais uma coisa...
— Os saltos. – Alice passou um par de sandálias pratas com strass lindíssima. – E a liga...
Meu rosto ficou mais corado ainda.
Alice colocou a delicada liga de renda no lugar e sorriu.
Ela, Rosalie e mamãe eram as damas de honra.
Estavam todas vestidas com lindos vestidos azuis safiras.
Sorri e ouvi novos passos na escada.
Papai.
— Olá... – ele deu um pigarro – Está linda querida!
Eu sorri para ele e o abracei.
Minha mãe se juntou a nós.
Ficamos os três abraçados até que tia Alice resmungou.
— Muito bem... Muito bem... Hora de a Nessie ir para o altar.
Meus pais me soltaram.
Minhas tias saíram pela porta e, depois mamãe, papai e eu as seguimos.   
Minha mãe me deu mais um beijo e depois começou a descer a escada assim que a música começou.
Logo depois desceu tia Rose e em seguida tia Alice.
Contei alguns segundos e segui com papai segurando meu braço.
Descemos as escadas lentamente, a cada passo eu podia ver a decoração magnífica de Alice.
Cada canto da casa estava meticulosamente decorado.
Havia tantas flores! Tulipas vermelhas, rosas vermelhas...
Mas, tudo isso podia esperar.
Tirei meus olhos da casa decorada e os levei para o altar.
Lá estava ele.
Meu Jacob!
Ele sorria radiante enquanto eu me aproximava.
Queria soltar o braço de papai do meu e correr para os braços de meu noivo.
Só faltava mais um passo...
Suspirei quando meu pai se desvencilhou de mim e apertou a mão de Jake.
— É melhor cuidar bem dela, cachorro pulguento... Ou eu arranco sua cabeça fora! – disse meu pai.
Jacob embora fosse uma cabeça maior que papai se encolheu.
Edward sorriu e se afastou de nós.
Jake pegou minha mão e a beijou.
Sorri enquanto o pastor começava a cerimônia.
— Primeiramente eu gostaria de agradecer a presença de todos os convidados. – ele fez uma pequena pausa e sorriu. - Estamos hoje aqui para celebrar o casamento de Renesmee Carlie Cullen Swan e Jacob Black. – o pastor Weber começou.
Em seguida ele citou os salmos que nós escolhemos e explicou a leitura e a importância do sacramento matrimônio.
— Renesmee Carlie Cullen Swan aceita Jacob Black como seu legítimo esposo para amar-te e respeitar-te?
—Aceito. – lágrimas escorriam por meu rosto.
— Jacob Black aceita Renesmee Carlie Cullen Swan como sua legítima esposa para amar-te e respeitar-te?
— Aceito. – Jake sorriu radiante.
— Uma vez que é vosso propósito contrair o santo matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
Unimos as nossas mãos como o pastor Weber pediu e começamos:
— Eu Jacob, recebo-te por minha mulher a ti Renesmee, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
— Eu Renesmee, recebo-te por meu marido a ti Jacob, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
Outra música começou a tocar e nos viramos para a escada.
A noivinha descia com o boque de flores onde estavam as alianças.
Ela se chamava Aline, era filha de Angela Weber e Ben Cheney.
Os dois amigos de minha mãe se casaram e formaram uma família. Esperava que fosse assim com Jacob e comigo também. Eu não queria uma relação como a de Mike e Jessica, que tinha altos e baixos – terminavam e reatavam.
Aline era uma fofura de menina, carismática, educada e comportada.
Ela sorriu e nos entregou as alianças.
Jacob pegou minha mão e pôs a aliança.
— Renesmee receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – a cada palavra mais lágrimas escorriam.
— Jacob receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – falei com a voz embarcada de emoção.
O pastor sorriu e deu sua bênção.
Estávamos casados.
— Pode beijar a noiva.
Jacob sorriu e me puxou para seus braços.
Ficaríamos juntos para sempre.
***
Depois da cerimônia todos vieram nos cumprimentar.
Alguns dos abraços eram gélidos, outros quentes...
— Parabéns querida! – falou minha avó materna.
— Obrigada!
Logo em seguida os braços frios de papai e mamãe me abraçaram.
Todos estavam tão emocionados!
Assim que todos nos cumprimentaram fomos para fora, onde seria a festa.
Meu casamento havia sido perfeito. Perfeito.     

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