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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

10. Notícia
No recreio uma grande surpresa!
Céus... Isso não estava acontecendo!
Como de costume, Duda, Manu, Gi e eu fomos lanchar juntas.
Mas, a caminho do nosso local costumeiro para lanchar, a voz da diretora nos chamou.
Quer dizer, não ela chamou só nós quatro e sim nossa sala inteira.
Obedientes e certos que tomaríamos um belo sermão por não se sabe lá o que, seguimos a monitora para sua sala.
Como havia dito anteriormente, não era bronca, mas sim uma grande surpresa... Uma surpresa completamente inacreditável.
Não sei como, mas nós íamos para a Itália...
Caramba, eu quase desmaiei quando ouvi a maravilhosa notícia!
Lógico que eu ia... Não importava como.
Ninguém ia me impedir!              
***
 Ficamos conversando animadamente o resto do recreio e, eu queria chegar logo em casa para que minha avó ou minha mãe, ou até meu avô, assinasse a autorização.
Seria o primeiro passeio que não pagaríamos nada! Ia chover canivete, ou melhor, nevar!
Parece que a escola tinha ganhado algum sorteio. Qualquer que tenha sido, eu agradecia por ele.
 Itália... Meu sonho!
Bem, eu já havia ido lá, mas era pequena, tinha seis anos e não sabia aproveitar bem o passeio.
E, principalmente, não havia procurado nenhum vampiro por lá. Antes eu não gostava, mas hoje em dia eu simplesmente amo e idolatro. Tudo por causa do romance Crepúsculo.
Eu amava os vampiros, era essa a palavra certa: amor.
Principalmente o vampiro mais lindo, maravilhoso e tudo de bom que se chamava Alec Volturi!
Eu passei a gostar dele depois de ler algumas fics na internet e também passei a escrever uma, com ele, com certeza.
Se existisse vampiros eu iria achar um e me transformar!
Revirei os olhos de meu pensamento.
Era quase impossível que houvesse vampiros, mas eu mantinha as esperanças. Afinal a esperança é a última que morre.
O sinal da última aula tocou despertando-me de meus pensamentos.
Perfeito!
Arrumei meu material sem demora e corri porta a fora.
No quadro de avisos a folha já da viagem já estava posta, avisando para a escola inteira que o 8º ano A ganhara de graça a viagem em um sorteio e, embaixo, estava a lista de outras duas escolas que também haviam ganhado.
Meus olhos quase saltaram da cara quando vi o nome de uma das escolas.
Era a escola de Coraline!
Agora estava tudo maravilhoso!
Minha “gêmea” ia comigo para a Itália!
Oba!!!!
Comecei a saltitar e Manu veio me perguntar o motivo de tanta felicidade.
— Alô-o... Vamos para a Itália! E, você já viu uma das outras escolas que vai também? – lhe perguntei.
Ela deu uma olhada na lista e virou-se para mim sem emoção.
— Que que tem?
— É a escola da Coraline!
— Sério?
Ela começou a saltitar de empolgação também.
Vi uma cabeça conhecida me esperando na porta da escola e apressei-me em me despedir.
— Manuella... Te vejo amanhã, mana.
Ela assentiu com a cabeça.
— Diz tchau para as outras manas por mim, certo? – novamente ela assentiu e eu corri para o portão.
***
Tudo aprovado.
Claro que todos da minha família não gostaram da ideia de me ter longe por três meses, mas eu convenci a todos.
Era a viagem do século e eu não ia perder.
— Vamos comprar as suas roupas no sábado.
Eu assenti e dei um beijo em minha mãe, minha vó e meu vô.
Estava ansiosa para falar com minha gêmea, então eu fui até a casa dela que era quase do lado da minha.
Line rapidamente abriu o portão e juntas gritamos:
— Gêmea, eu vou pra Itália!
Ficamos rindo e pulando no meio da rua.
Assim que perdemos o fôlego entramos em sua casa e nos sentamos.
Maísa, a irmã de Coraline, veio até mim e me deu um beijo.
Ela tinha apenas cinco anos.
— Ai, eu não acredito! – murmuramos em uníssono.
— O nosso Alec... – eu disse e dei um suspiro apaixonado.
— É... Só nosso!
Rimos e passamos a tarde inteira fazendo planos.
Aquela havia sido uma notícia espetacular.
***
Sai da casa dela as sete e quando cheguei à minha tomei um banho rápido e fui fazer a lição de casa.
Minha mente não deixou a viagem nem por um segundo, ficou difícil me concentrar nos problemas matemáticos.
Que inferno... Eu estava tão animada que devia estar comemorando a noite inteira, mas não... Tinha que fazer minha lição.
Falta pouco – disse a mim mesma.
Voltei a fazer minha lição, pensando que na semana que vem eu já ia estar na Itália com as minhas amigas e com os meus amigos.
Sim, eu sentiria muita falta de casa, ou melhor, de minha mãe, de vovó e de vovô, pois eu não sentiria a menor falta do país em que me encontrava.
Após toda a minha lição estar feita, fui mexer no computador.  Assim que estava conectado entrei no MSN e fiquei falando com a família Shoyu, que era a minha querida família da escola.
Todos estavam animados com relação à viagem e, óbvio, todos iriam.
— Desliga o computador e vai dormir! – ralhou minha vó.
— Tá, já to desligando.
Inferno!
Dei tchau a todos rapidamente e desliguei o note.
Fui dormir muito feliz.
A notícia do dia foi espetacular.
Naquela noite eu sonhei com a Itália e com o Alec. Eu realmente esperava encontrá-lo lá.

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