5. Anjo ou Humano?
Os olhos azuis de Guilherme ainda estavam em mim.
Ele parecia não me reconhecer... Muito estranho! O que estava dando nele.
Ele não se lembrava de que eu o havia quase matado, ele havia escapado por um triz e, eu o estava procurando, até agora.
Eu também não sabia ao certo o que estava dando em mim.
Ainda estava parada, olhando para ele, quando o deveria estar matando.
Tinha que reagir, o chamar para fora da festa e acabar com o que eu já havia começado há tanto tempo.
Tinha que reagir agora!
Muito lentamente andei em sua direção, fazendo com que seus olhos se arregalassem ainda mais.
Ele estava tremendo, ameaçando deixar cair à bebida do copo, que tinha em suas mãos.
Pelo cheiro a bebida parecia vodca.
Não sabia que anjos bebiam vodca, humanos sim, eles eram fracos para não ceder às bebidas, principalmente os jovens.
Guilherme não parecia ser o anjo, o anjo que eu tanto odiava.
Ele parecia um humano, um humano tolo e frágil, de que eu poderia rapidamente me livrar.
Seria Guilherme um humano agora?
Ele sorriu enquanto eu me aproximava, cada passo que eu dava, eu estava mais perto de meu objetivo durante séculos: matá-lo!
Assim que dei o último passo, Guilherme cambaleou para trás.
Quase estava correndo, como se ele soubesse que eu era perigosa, como se soubesse que eu queria matá-lo.
Estava começando a ficar frustrada.
Agora Guilherme estava correndo, como o diabo corre da cruz e, eu o seguia.
Ele não escaparia não desta vez... Eu o...
Mas antes que eu pudesse completar meu pensamento algo aconteceu.
Algo espantoso.
Satanás!
Seria Guilherme um anjo ou um humano?
Eu não sabia a reposta e nem podia procurar uma resposta, pois ainda estava prestando atenção no que estava acontecendo.
A visão dava-me calafrios.
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