25. Esperança
Mais dias se passavam e, junto com eles, o dia mais importante da minha vida estaria por vir.
O dia do meu casamento.
Tia Alice estava preparando tudo para este dia tão especial, o dia em que eu deixaria minha família – de certo modo – para constituir outra com Jacob.
Mas, ainda havia muitos assuntos não resolvidos, como por exemplo, o fato de que Alec e eu ainda não termos nos vistos.
Em meu coração ainda havia a esperança... Esperança que Alec e eu pudéssemos nos rever, que ele passasse para o nosso lado, que – após o casamento – nós conseguíssemos viver em paz, apenas como amigos.
Partia meu coração saber que isso não aconteceria que isso era só minha imaginação, ainda assim, não conseguia deixar de sentir esperança.
Em minha cabeça eu fazia um plano, um plano muito arriscado, mas a cada dia que se passava, eu sedia a tentação.
Meu plano era simples: Eu tinha que ir a Volterra.
Mas, tinha que ir lá sem chamar atenção dos outros vampiros da guarda Volturi, o que seria impossível e, como havia pensado muito perigoso.
Mesmo assim eu sentia a necessidade de ir visitar Alec, pois - mesmo que eu o meu amor por ele, não era o mesmo do que o meu amor com Jacob - eu o amava.
Doía-me que nós não pudéssemos ficar juntos.
Eu o queria perto de mim.
Então eu sabia o que eu faria, eu iria até lá para me encontrar com ele, mesmo sendo super arriscado. Era necessário.
Sem pensar fui até o meu quarto, e peguei o que estava escondido debaixo de uma tábua no chão.
O manto quase totalmente preto escorregou pelas minhas mãos, lembrando de quando eu acordei no meio da floresta coberta por ele e, em como eu ficara feliz, antes de saber que Jake o havia visto e que iria brigar com ele. Assim que eu havia os separados e voltado para o acampamento meu e de Jake, eu conseguira esconder esse manto sem que ele percebesse dentro de minha mochila.
Agora o vendo novamente, eu tinha vontade de chorar. O momento vivido entre Alec e eu parecia que já ocorrera há anos.
— Renesmee? – ouço mamãe me chamar, rapidamente eu guardei o manto e enxuguei minhas lágrimas. – Ah! Você está ai.
— Oi.
— Quero que experimente uma coisa.
—O.K. – o que poderia ser?
Mamãe sorri e me leva para o quarto dela e de papai.
Um saco branco estava em cima da cama, me aguardando.
— O que é isto? – pergunto, mesmo sabendo qual era a resposta.
— O seu vestido de noiva.
— Nossa! – minha respiração estava ofegante diante de tanta emoção. – Mãe, é o seu vestido.
Ela apenas balança a cabeça negativamente.
— O Jacob já viu o meu vestido, não daria sorte. – falou ela, mesmo sabendo que nenhuma de nós duas acreditamos nisso. – E... Alice com certeza iria querer fazer seu vestido! – ela revira os olhos. – Então, vamos, prove-o.
Peguei o saco e o abri, minha respiração ficou mais ofegante ainda ao ver meu vestido de noiva.
Ele era de um tom perolado lindo e simples, mas totalmente belo.
O vestido tinha um laço abaixo do busto, com um diamante nele. Ele era apertado até as panturrilhas, aonde ia ficando mais largo, caindo em pregas e a cauda não era muito longa.
O arranjo do vestido me deixou sem fôlego e corri para o espelho, desejando poder me ver com ele.
O rosto de mamãe estava radiante, certamente o meu também estava.
— Então, gostou? – perguntou uma voz que vinha lá da porta. – Bella, eu disse a você que esperasse eu chegar para mostrar a ela.
— Desculpe. – pediu mamãe, seu rosto pelo reflexo do espelho era culpado.
Alice apenas sorriu e repetiu a pergunta:
— E então, gostou?
Apenas assenti, tinha certeza que meu rosto entregava todo o deslumbramento e a felicidade que eu sentia.
— É perfeito. P-E-R-F-E-I-T-O! – eu falei depois de alguns minutos.
— Oba! Que bom que você gostou! – cantarolou Alice.
— Como eu não iria gostar?
Vendo-me no espelho com o meu vestido de noiva, eu novamente tive esperança.
Esperança de poder ver Alec novamente, pelo menos uma última vez.
Então, mesmo sem saber, eu havia decidido.
Eu iria a Volterra, mesmo sendo incrivelmente perigoso para mim.
Antes de tirar o vestido vejo o último reflexo no espelho de minha mãe, minha tia e eu sorrindo, um sorriso radiante e deslumbrante.
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