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domingo, 28 de novembro de 2010

5. Susto

Quando acordei estava sob o tapete de minha sala, completamente dolorida.
Percebi que ainda agarrava a toalha.
Tentei procurar o que me fizera desmaiar, mas só encontrei a escuridão.
Fui – tremendo – até o banheiro.
Tentei ligar a luz, não esperava conseguir, mas ela ligou, felizmente.
Olhei-me no espelho.
Eu estava branca, meus olhos estavam arregalados de medo e meu cabelo estava totalmente bagunçado.
Meu Deus! O que acontecera?
Desvio meu olhar de meu reflexo no espelho para meus braços, percebendo que neles havia pequenos hematomas.
Olho para meu quarto. O notebook ainda estava ligado.
Alguém me chamava. Era Coraline.
Tremendo eu respondo a ela.
Ela me chama para a web e, eu sem pensar muito aceito.
Coraline estava branca também.
Eu contei a ela o que havia acontecido. Fiquei muito surpresa que houvesse acontecido a ela também.
Levo um susto quando Duda me chama.
Ela estava desesperada.
Parecia que o que havia acontecido a mim e à Coraline, havia acontecido a ela também.
Nós três - tremendo de medo e completamente assustadas – marcamos um encontro, hoje mesmo, no shopping.
Tínhamos que saber o que estava acontecendo.
Por que estávamos sendo perseguidas?
E o que estava nos perseguindo?
O que nós fizemos de errado?
Seria este nosso destino? Sermos perseguidas?
Eu esperava que elas soubessem a reposta, pois eu não tinha a mínima ideia.
Com um suspiro, desligo o note e preparo-me para o encontro de hoje.
Algo dentro de mim me dizia que...
As luzes se apagam de novo, me assustando.
Por Deus! Essa tortura não iria acabar?
Aguço meus ouvidos para tentar ouvir alguma coisa.
Ouço um sussurro, que vinha detrás de mim.
Com um pânico crescente eu começo a me virar, lentamente.
Assim que termino o lento processo de virar-me, dou um grito agudo e cortante.
O que era aquilo que estava na minha frente?
Eu não sabia a resposta.
Fico quieta, somente olhando para a sombra que estava na minha frente.
Aos poucos eu vejo ela se dissipar e sumir completamente.
Eu não sabia por que, mas pressentia que Coraline e Eduarda receberiam a mesma visita esquisita que eu havia acabado de receber.
 Sento-me na cama, para me acalmar, mas isto não me ajuda.
Balanço-me completamente em choque e, após uns instantes eu começo a chorar.
Eu simplesmente não conseguia parar de chorar.
Grito novamente, desta vez para o céu.
Por que isto estava acontecendo?
Deus queria me provocar um ataque cardíaco? Porque se quisesse, estava conseguindo.
O susto que acabara de receber não passava, mas mesmo assim, obriguei-me a me levantar e me arrumar para ir me encontrar com minhas amigas.
Começo a rezar para que isto não aconteça com Duda e Coraline.
Esperava que meus pedidos fossem atendidos.
Ainda rezando saio de casa, deixando um bilhete na mesa.

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