Emoções

Aproximei-me lentamente para perto dela e toquei em suas mãos, ela pulou de susto não percebendo minha chegada.

-Use seus instintos. – Exclamei para ela que assentiu com a cabeça e voltou a olhar para baixo, pequei uma de suas mãos, ela não pareceu se importar.

-Meu nome é Alec, é um prazer te conhecer. – Ela olhou nos meus olhos e sorriu.

-Samantha, mas acho que todos aqui sabem quem eu sou. – Sua voz era de choro. Ela apertou minha mão e voltou a olhar para baixo.

-Não fica assim, por favor. – Ela sorriu e voltou a olhar para mim.

-Eu preciso voltar Alec. Me ajuda. – Ela suplicou e o que estava me apertando agora estava me esmagando.

-Eu adoraria, mas eu não posso, eu quero que você fique aqui. – Ela olhou para mim surpresa e eu comecei a me aproximar, ela mantinha os olhos arregalados até que nossos lábios se encostaram em uma fração de segundos, ela fechou os olhos e me segurou para continuar o que me surpreendeu. Depois que havia acabado eu olhei para ela que abaixou o rosto envergonhada. 

-Me desculpe. – Ela pediu e riu baixo, ela afagou a garganta que devia estar doendo. - Eu não quero matar ninguém. – Parei para pensar um pouco e tive uma idéia não muito satisfatória.

-Você não precisa matar, só precisa beber. – Ela olhou para mim confusa. – Vem. – Estendi a mão para ela que a pegou forte como se me conhecesse á dias. Levei-a para fora do castelo beirando as escuras para não ter contato com o sol e paramos em um beco da cidade. – Espere aqui. - Exclamei saindo de perto dela, achei alguém perfeito e o matei na primeira chance que tive, carreguei o humano até ela e entreguei, ela me olhava assustada.

-Alec tem certeza? – Ela parecia querer criar coragem.

-Absoluta, tome só um pouco. – Ela se aproximou e lentamente cravou os dentes no pescoço do humano e começou a tomar, ver aquilo estava me provocando e não resisti tomar um pouco também, depois de alguns minutos parei rapidamente quando senti o cheiro de Demetri.

-Nossa, você fez ela tomar, esta ensinando como ser um vampiro a sua namoradinha? – Rosnei para ele, e senti ela segurar minha mão, me virei para ela.

-Já terminei. – Ela sorriu sem graça e olhou Demetri pelo canto do olho assustada.

-Ela só fala com você, achei que ela gostasse de mim, pois eu sou o criador dela. – Ela rosnou baixo para ele que sorriu. – Aro quer falar com ela agora.

-Deixa ela Demetri. – Ele olhou zangado para mim e fez o caminho de volta para o castelo, me virei para ela que ficou na ponta dos pés para me beijar, agora foi mais longo, melhor, o melhor beijo da minha vida, ela se segurava no meu pescoço e afagava meu cabelo. Eu não queria parar nunca, eu tinha achado uma companheira.