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terça-feira, 9 de novembro de 2010

23. Tempo

Muitos dias se passaram quase indistintamente.
Jacob e eu tínhamos acabado de chamar todos os vampiros que ficamos responsáveis e agora retornávamos para a casa, que provavelmente já estava cheia.
Eu ainda preparava o script para falar com papai e mamãe, tinha certeza que nenhum deles iria querer que eu falasse as simples palavras: Vou me casar!
Suspirei e vi que Jake me olhava pelo canto do olho. Seus lábios abriram-se em um sorriso quando virei-me para olhá-lo. Seu sorriso era calmo e sereno, porém fazia com que meu coração batesse erradicadamente.
  Tive que desviar o olhar para não perder o fôlego. Como ele era lindo!
Com o rosto e com o coração em chamas eu digo:
— Para! – ele dá um sorriso inocente e desvia o olhar.
Demorei vários minutos até voltar ao normal.
Nem podia perceber as árvores voando ao meu redor, minha mente estava no rosto de Jacob e em seu sorriso. Sinto meu rosto corar levemente, era assim sempre em que eu pensava nele. Meu lobinho superprotetor.
Suspiro apaixonadamente e fixo meus olhos no chão, sabendo que seu olhar estava em meu rosto.
— Hum... Que tal irmos caçar? – pergunta ele a propósito de nada.
— Claro! – havia algum tempo que eu não me alimentava adequadamente.
Saímos em disparada, mais rápido que antes, tornando as árvores em apenas um borrão.
Respirei o ar profundamente, tentando captar o cheiro de minha presa.
Achei um cheiro repulsivo, provavelmente era um alce. Os herbívoros não tinham um cheiro muito bom.
Com meu nariz torcido, corro atrás de um alce, o alfa, mas percebo que Jacob também queria o alfa e com um sorriso nos lábios acelero minha corrida para pegá-lo antes do Jake. Parecia que nossos velhos tempos de criança haviam voltado.
Pela minha visão periférica pude ver que Jacob também acelerava sua corrida e que ia me passar. Então eu salto – um longo salto – e, este salto encurta minha distância do alce.
Mais alguns segundos se passam até que por fim eu dou o salto definitivo e enfiou meus dentes em sua jugular.
Após acabar com minha refeição, dou um sorriso de vitória para Jake e ele faz uma careta.
— Ganhei de novo! – eu me vangloriei.
— É você ganhou... Quer uma salva de palmas? – perguntou ele irônico.
Eu suspiro e vou ao seu encontro. Ele abre os braços e eu me aconchego neles.
Jacob estava se inclinando procurando meus lábios e eu dou o que ele procurava – com muito prazer.
Não sei quanto tempo fiquei em seus braços, com seus lábios colados ao meu, mas sei que pouco não foi.
Com muito esforço, embora sem vontade, separo meus lábios dos dele e, começamos a correr de novo.
Meu rosto estava estampado com um sorriso malicioso. Mas meu sorriso esmorece assim que entramos na cidade de Nova York, quando vejo um grupo de meninas saindo da escola, todas animadas.
 Eu nunca pude ir a uma escola, pois meu desenvolvimento era muito rápido, então eu nunca tive amigas.
Jacob percebeu meu desapontamento e para me animar me deu um forte abraço.
***
Forks.
Novamente de volta para minha cidade.
Decidi, antes de eu ter que enfrentar papai, ir para casa do vovô.
Havia muito tempo que eu não o via e, estava com muita vontade de um reencontro.
Jacob decidiu ir comigo para visitar Charlie.
Em um segundo já estávamos na casa dele e eu bati à porta.
— Nessie! – murmurou Charlie, com animação. – Quanto tempo, minha querida!
Entrego-me ao seu abraço e após vários minutos me abraçando, vovô me afasta e cumprimenta Jake.
— Olá, Jake. – Charlie falou.
— Olá, Charlie! – responde Jacob, puxando meu avô para um abraço.
— Tem que parar de crescer Jake! – falou Charlie ao se desvencilhar dos braços fortes de Jacob.
Suspiro... Meu Jake era tão lindo...
Mal percebi que falara verbalmente as palavras: Meu Jake.
 Charlie mudou de tom várias vezes, até recobrar o tom cor – de – pele.
Seu Jacob? – fala Charlie, quase transformando essas palavras em um rosnado.
— Er... Vovô... Eu... – eu estava sem palavras.
Charlie suspira e nos manda entrar. Eu obedeço e preparo-me para uma longa conversa.
***
Após sair da casa de vovô – com a sua promessa de não falar nada para meus pais – Jacob e eu, com o rosto corado, seguimos para minha casa.
Chegamos em poucos minutos e meus pais estavam me esperando ansiosos.
Noite passada eu ligara dizendo que chegaria hoje, era óbvio que eles iam ficar me esperando.
Com um suspiro olho para Jake e assim que nossos se cruzam meus pensamentos escampam e relatam tudo o que ocorreu na viagem.
Meu rosto cora e o do meu pai fica mais pálido ainda. O de mamãe demonstrava confusão, por causa da cara minha e de papai e o de Jake também mostrava constrangimento.
Assim que ia falar oi, um trovão estronda no céu e eu olho para cima.
O tempo fechara.
Provavelmente o bom humor do meu pai se esvaiu, deixando em seu lugar apenas raiva.

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