20. Tristeza
Alec
Eu a estava deixando partir... Simplesmente a vi desaparecer no horizonte, não conseguira mais correr, ela não queria que eu a seguisse.
Quando ela desapareceu completamente, vi meu mundo desabar.
Uma profunda tristeza me atingiu e se eu pudesse, eu choraria. A menina por quem esperei séculos estava escapando de mim!
É claro que fui bobo de pensar que tinha alguma chance com ela! Como se ela fosse se apaixonar por um monstro como eu! Alguém que matava para se alimentar!
Um ódio voltado para dentro me atingiu e eu me repudiava, me sentia como se fosse à criatura mais deplorável no mundo!
Comecei a correr de volta... Tentando só seguir meus instintos e logo me deparei com Jane, realmente, uma conversa com ela não me melhoraria em nada!
− Onde esteve, fiquei te procurando a noite toda! – indagou ela com sua voz de criança e com seus olhos perspicazes.
− Hum... Com a Nessie! – tive que admitir.
Jane sabia de tudo desde meu primeiro encontro com ela. Foi impossível esconder algo dela, mas para a minha surpresa ela entendeu tudo e me apoiou.
− Ah! – ela sorriu. – Ela passou a noite com você? Então ela cedeu aos seus encantos?
Ela deu uma risadinha.
− Não! Quem dera! – meu rosto ficou triste e amargurado. – Ela voltou para aquele lobisomem. – murmurei com desprezo.
− Bom, pelo menos agora podemos voltar, certo? Ou vai ficar atrás dela até ela ceder por cansaço? – novamente ela deu sua risada infantil.
− Sim, nós podemos voltar!
− Oh, não fique assim, meu querido irmão! A garota certa vai aparecer!
− Ela já apareceu, Jane! Mas, ela não me quer! – falei exasperado – E você, nunca se apaixonou? – perguntei a ela.
− Não, é claro que não. – depois ela complementou: - E nem vou!
− Como pode ter tanta certeza? Afinal eu também pensava assim, e olha o que me aconteceu!
− Não importa! Isso não vai acontecer comigo! Só os fracos que se apaixonam!
Eu ignorei este último comentário. Depois fiz um sinal com a cabeça e voltamos a correr.
− Ah! Espero que você não fique triste quando chegarmos a Volterra! Sabe que Aro não gosta. – ela falou enquanto corríamos e eu apenas assenti.
Mas, tinha certeza de que ficaria com esta tristeza para sempre!
***
Chegamos a Volterra em cinco dias e eu tentava esconder minha incontrolável tristeza.
Aro nos recebeu de abraços abertos, pois éramos seus tesouros. Jane e eu o cumprimentamos e contamos a ele nossos pensamentos... Lógico que ele não ficou nada feliz com meus encontros e com minha tristeza por Nessie, mas ele esperava que passasse.
Eu sabia que quando a neve caísse novamente em Forks, nós os Volturi nos encontraríamos com os Cullen e também sabia que todos eles e todos os seus aliados deveriam morrer.
Faltavam poucos meses e eu teria que pensar num plano para tirar Nessie da luta. Só podia esperar que Jane me ajudasse.
Eu podia tentar convencer o Aro de que não era necessário, mas sabia que não daria certo. Aro estava com sede de vingança e, ele e Caius não desistiriam de matar todos os Cullen. Todos, sem nenhuma exceção!
Eu... Não me permiti completar meu pensamento!
Eu estava enlouquecendo só de pensar que eu podia passar para o lado dos Cullen e só de pensar que Jane me apoiaria.
Estava tão cansado!
Desisti de todos os meus pensamentos e fui caçar. Lógico que fora de Volterra.
De novo eu seria o monstro! O monstro que Nessie nunca amaria, que nunca irá querer!
E de novo, a tristeza me tomava.
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