12. Confusa
Assim que paramos de correr Jacob virou para me olhar, seu olhar era magoado.
− Jacob... – tentei dizer.
− Eu ouvi seu coração... – sua expressão tornou-se incrédula.
− Jake... – tentei dizer de novo, mas parecia que minha voz tinha ficado presa na garganta.
− Você gosta dele. – eu abri a boca para contradizê-lo, mas ele continuou – O seu coração bateu mais forte quando ouviu o riso dele. Bateu mais forte como quando você ouvia os meus risos!
Agora ele tinha lágrimas nos olhos, corri para abraçá-lo, mas ele se esquivou. Eu também tinha lágrimas nos olhos e elas transbordaram.
− Ah, Jake... Desculpe-me, por favor, me desculpe! – eu estava implorando para ele. Sentia-me tão culpada! Era verdade que eu sentia uma atração por Alec, mas eu não estava gostando dele ou... Será que estava?
− Não tem o que se desculpar, pois você não pode mandar em seu coração. – ele balançava a cabeça, suas lágrimas escorriam silenciosamente pelo rosto.
Sentei-me no chão nervoso com a minha cabeça baixa, as lágrimas não paravam mais!
Eu estava tão confusa! Meus pensamentos se misturavam entre o rosto de Alec - perfeito, com um sorriso angelical. – e o rosto de Jake – com lábios quentes e macios e com um sorriso apaixonante.
− Estou confusa, eu preciso ficar sozinha, somente com meus pensamentos! – sussurrei e ele assentiu e seu corpo já estava tremendo, preparando-se para a metamorfoseação. Ele entrou na floresta ainda na forma humana, mas eu ouvi depois de alguns instantes, patas pesadas sob o chão com neve e um uivo magoado.
Esse uivo ia ficar para sempre em minha mente, pois a dor de Jacob era a minha dor!
As lágrimas não paravam, eram uma torrente contínua escorrendo pelo o meu rosto. Eu tinha que parar de chorar, então me concentrei e respirei fundo... Tentando esquecer tudo. As lágrimas foram diminuindo até que pararam. Agora eu podia pensar com mais sensatez.
Respirei fundo mais uma vez e fechei os olhos, mas o que me veio à mente foi o rosto de Alec, seus olhos me chamando... Depois veio o rosto de Jacob magoado, acusando-me com os olhos.
Novamente eu estava chorando ininterruptamente.
“Calma” murmurei para mim mesma e tentei controlar o fluxo das lágrimas, sem sucesso desta vez, então depois de algum tempo eu estava cansada demais para resistir e me entreguei a elas, chorei até que minha consciência começou a me escapar... E dormi, pensando nos dois rostos que estavam em meu coração para sempre.
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