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domingo, 28 de novembro de 2010

1. Demônio
Meu nome é Lilith, sou um demônio e eu NUNCA DURMO.
Não podia dormir, tinha muito trabalho, e a maioria deles eram em sonhos, ou melhor, a maioria do meu trabalho era transformar sonhos em pesadelos, mesmo que a pessoa estivesse acordada.
Agora me encontrava numa festa de aniversário... Minha missão era fazer a querida aniversariante de quinze anos odiar a sua festa. Começarei pelo seu namorado André, o fazendo ficar com a melhor amiga dela.
Dei um sorriso diabólico e comecei a incitar na mente dele que ele estava gostando de Mandy.
Ele não tentou resistir aos meus pensamentos, foi direto para ela e a beijou, bem na frente de Angélica, sua namorada.
Angélica começou a correr, chorando e, fiz o salto dela quebrar.
Ela dá um grito e eu me delicio com este som.
André vai até ela e ela o estapeia e grita novamente.
Agora meu sorriso estava esticado de ponta a ponta.
Ela saia da sua festa correndo, mesmo com o seu pé torcido e... Pronto! Minha missão foi comprida, com certeza meu chefe gostaria do meu serviço.
Vou para fora e me dissipo junto com a névoa.
***
Mesmo em “casa” e com minha missão cumprida, como qualquer demônio, o meu serviço nunca terminava. Ainda mais agora, que há mais de duzentos anos eu procurava o anjo que empurrei, queria acabar o serviço que comecei, mas ele desapareceu e em todos estes anos eu o procuro, sem sucesso.
Guilherme, o nome dele me dava raiva.
“Não perca a calma” falei para mim mesma e depois sorri.
Deixei meus chifres aparecerem e minha pele ficar com uma coloração vermelha, como eu estava no Inferno minha fachada humana não importava.
Fui falar com minhas amigas no parque da fogueira.
Anne estava lá sozinha, seu rosto estava frustrado, fui lá e perguntei o motivo de tanta infelicidade.
— Foi o meu namorado! Ele me traiu, com a Samara!
Samara também era uma de nossas amigas, na verdade, ela era minha melhor amiga! Adorava o jeito como atrapalhava a vida de todos os humanos, e de todos os demônios também.
— Como ela é diabólica! – ri e Anne ficou me observando, magoada.
— Não fique assim! De a volta por cima fique... Feliz! – eu ironizei, pois um demônio nunca gostava de ficar feliz, argh!
Ela deu um sorriso malicioso.
— Não, quem ficará Feliz – ela fez uma careta com a palavra – será aquele idiota! Infernizarei a vida dele!
Ambas rimos e planejamos muita felicidade para o Sebastian.
Despedi-me dela e fui me encontrar com Samara, eu adorava o gênio dela!
— Olá! Mas que demônia você é, né? Roubar o namorado da própria amiga! – rimos e ela respondeu:
— Ela que é uma sonsa! Que cuidasse mais do capeta que tinha em casa!
Rimos mais ainda por horas, eu não tinha solidariedade nenhuma por Anne, realmente ela era uma sonsa!
Eu olhei meu relógio e ela adivinhou meus planos.
— Vocês vão se vingar dele, né? – ela sondou e eu confirmei. – Fiquem a vontade... Não quero mais nada com aquele idiota.
Assenti e me despedi dela.
Encontrei Anne onde tínhamos marcado e me preparei – com um sorriso no rosto – para mais crueldades noite à dentro.

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